sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

“Nada é verdadeiro, tudo é permitido”



A frase, atribuída à Hassan Ibn al Sabbah, o “Velho da Montanha”, é o principal lema dos praticantes da chamada Magia do Caos, que eu não tentarei explicar aqui, em miúdos, do que se trata. Afinal, a grande rede serve pra isso, linkar indivíduos, informações e fatos, que é, de certa forma, o modo como o caos age.
Mas cabe aqui, sobre a sexta página (tão cheia de referências, lembranças sutis, desejos amargos e amores), uma reflexãozinha sobre os objetos e elementos citados nesta história que, claro, tem no caos sua principal força motriz. Tenho cá minhas esquisitas idéias sobre o (des)funcionamento do universo, e de como, por meio de algumas intervenções, podemos, da nossa maneira, alterar os circuitos da Grande Máquina e obter os números certos na loteria dos deuses.
Claro que o Firewall dos deuses é um tanto mais complexo de se lidar e furar, assim, nós pobres hackers, temos é que nos virar como podemos. Uma solução adequada é viver, pura e simplesmente. Mas me parece muito sem graça, fazer as coisas assim, sem catar os desafios pela gola.
Por isso escrevo. É meu vírus pra humanidade. “A linguagem é um vírus”, já dizia o mestre Burroughs. Com o que eu escrevo, não faço nada mais do que manter em ritmo vivo cada uma das minhas obsessões, livrando-me de algumas, ficando preso a outras, buscando soluções de problemas que não estou bem certo quais são. Amores mal sucedidos, mágoas, sentimentos atrofiados que começam a se mexer, estourando para todos os lados... tá tudo aí, nessa caixinha de brinquedos que ainda estamos aprendendo a lidar.
Ah, sentimentos que pedem vazão. Se não mudam, ajudam a mudar o ao redor. De uma forma ou de outra.

E pra quem não conhece, cá vai o grande Patativa do Assaré recitando su´A Morte de Nanã.

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